Segundo dizem nas cidades vizinhas, foi o destrato com uma promotora na cobrança da taxa de acesso a ilha que originou uma suposta ação na justiça suspendendo a cobrança.
O povo só quer saber do futuro candidato a deputado, quando será respeitado o direito de ir e vir das pessoas assegurado pela constituição?
Quanto vale este paraíso?
Como prefeituras e governos estaduais usam o dinheiro arrecadado com as taxas de preservação ambiental cobradas de quem visita santuários ecológicos
Michel Alecrim
SALGADO
Quem visita Fernando de Noronha paga R$ 40,40 por dia de taxa ambiental
Paisagens deslumbrantes são uma eficiente armadilha para fazer com que os turistas abram suas carteiras. A expectativa de ajudar na conservação da natureza aumenta a generosidade dos visitantes. Com essas iscas, locais de preservação ambiental em vários pontos do Brasil estabeleceram taxas especiais, que deveriam ser revertidas para fins ecológicos. O problema é que o dinheiro acaba servindo para custear serviços públicos comuns. Um exemplo está no arquipélago de Fernando de Noronha, onde as 60 mil pessoas que viajam para o local todos os anos pagam uma tributação imposta pelo governo pernambucano. O dinheiro é usado no calçamento das ruas, na coleta de lixo e em despesas com pessoal – serviços que outros impostos deveriam financiar. A partir do próximo ano, o governo federal, que efetivamente cuida da maior parte do território, é que vai cobrar a conta de quem se compraz em mergulhar no mar de poluição zero de Noronha. O privilégio ficará mais caro. O acesso fechado e pago também funciona em Ilhabela (SP) e em Morro de São Paulo (BA). Vários destinos no Brasil planejam fazer o mesmo.
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